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Direitos Inalienáveis: Planos de Saúde e a Realização de Partos de Urgência ou Emergência

  • Foto do escritor: Ronaldo Fagundes Advogado
    Ronaldo Fagundes Advogado
  • 25 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

Quando falamos de planos de saúde, é primordial compreendermos que a proteção da saúde vai além de uma mera prestação de serviços. Diante das complexidades que envolvem a área médica, é fundamental que os beneficiários estejam cientes de seus direitos, especialmente quando se trata da realização de partos de urgência ou emergência.

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A Garantia Incontestável de Partos de Urgência ou Emergência


No contexto dos planos de saúde, é imperativo que a operadora não possa negar a cobertura de partos de urgência ou emergência. Esse direito é estabelecido com base na necessidade inadiável de atendimento médico, onde a saúde da mãe e do bebê está em risco iminente. Contudo, é crucial que esse pedido seja adequadamente comunicado pelo médico no pedido à operadora de plano de saúde. Essa exigência visa garantir a transparência, permitindo que a operadora compreenda a gravidade da situação e a necessidade imediata de ação.


Cláusulas Limitativas e o Devido Destaque


É verdade que muitos contratos de planos de saúde contêm cláusulas limitativas, que podem parecer restringir os direitos do consumidor. No entanto, o Código de Defesa do Consumidor, em seu § 4º do artigo 54, exige que essas cláusulas sejam escritas com destaque, de modo a possibilitar a compreensão imediata por parte do consumidor. Isso significa que os termos limitativos devem ser transparentes, evitando interpretações ambíguas ou enganosas.


Custeio dos Meios e Materiais Necessários


Um ponto de grande importância é o custeio dos meios e materiais necessários para o tratamento ou procedimento cirúrgico. Embora algumas cláusulas tentem excluir essa responsabilidade da operadora, é considerado abusivo o preceito que vise negar o financiamento de elementos vitais para o adequado desempenho do tratamento clínico ou procedimento cirúrgico voltado para a cura de uma doença coberta. A saúde do beneficiário não pode ser comprometida por questões burocráticas.


Jurisprudência: Dano Moral por Recusa Injustificada


É válido ressaltar que a jurisprudência é clara no que tange à recusa injustificada por parte das operadoras de plano de saúde em autorizar tratamentos que sejam legal ou contratualmente obrigados. Tal conduta é reconhecida como um comportamento abusivo, passível de ensejar a ocorrência de dano moral. A negativa injustificada para procedimentos médicos essenciais vai contra a natureza do contrato e pode trazer sérias consequências para a saúde e bem-estar do beneficiário.


Em resumo, os planos de saúde têm a obrigação de garantir a cobertura de partos de urgência ou emergência quando devidamente requisitados pelos médicos, evitando cláusulas limitativas obscuras e custeando os meios necessários para os tratamentos. A recusa injustificada pode resultar em dano moral, conforme reconhecido pela jurisprudência.


Mantenha-se informado sobre seus direitos e não hesite em buscar orientação legal caso se depare com situações de recusa injustificada por parte de sua operadora de plano de saúde. Sua saúde e bem-estar são prioridades que merecem toda a atenção.


Ronaldo Fagundes.

Advocacia Médica e da Saúde em Uberlândia e região.


(Palavras-chave: plano de saúde, direito médico, parto de urgência, emergência, cláusulas limitativas, jurisprudência, dano moral)

 
 
 

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Ronaldo Fagundes - Advocacia Médica e da Saúde

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